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Literatura infantil ganha espaço na plataforma mobile.

love app

Gestar uma ideia: Love, The App

Love, The App (“Amor, o App”) é um conto interativo para dispositivos móveis, baseado em “Love”, o livro original do artista Gian Berto Vanni criado em 1954. Esse aplicativo “traduz” a obra original ao formato digital, levando a sua essência simples e lúdica a uma atmosfera mágica de interatividade. “Love, The App” foi ganhador do Bologna Ragazzi Digital Award 2014, dado pela prestigiosa Feira do Livro Infantil de Bolonha, Itália.

IDEIA: Love, The App

GESTADA POR: Pablo Curti, Diretor Creativo de NIÑO Studio

Quando se gestou a ideia de desenvolver “Love, The App”?

No começo de 2012, começamos com a ideia de criar um estúdio dedicado à contação de histórias digitais. “Love” era um dos meus livros favoritos e eu quis que fosse o primeiro projeto de NIÑO. Após saltar de email em email, cheguei ao autor Gian Berto Vanni, um pintor que hoje tem 87 anos. Nos juntamos em Nova Iorque no final de 2012. E começamos a trabalhar no app no começo de 2013.

Como foi o processo de gestar essa ideia?

O começo foi bastante intimidante. Tínhamos muito respeito pelo livro e por tudo o que o autor tinha trazido do ponto de vista artístico. A ideia da animação estática, a relação das cores, a materialidade em termos gerais. Além disso, nos interessava a dimensão temporal. O livro tinha sido criado há 60 anos atrás e queríamos preservar essa ideia de passagem de tempo, das marcas que finalmente recuperamos na versão digital.

Armamos uma equipe de 5 pessoas (Angie Blasco / Produção, Ignacio Loza Col / Animação, Nicolás Diab / Música, Germán Echave / Arte e eu / Direção criativa), com papéis muito bem definidos e com objetivos claros. Creio que a linha musical foi um grande achado. Nos interessava muito o projeto sonoro, porque de algum modo era o único elemento 100% novo que iríamos incorporar à obra. E Nico Diab fez um grande trabalho que foi fundamental para construir essa narrativa tão particular.

O tema da animação e das transições também foi muito conversado. Não queríamos que nenhum elemento fosse mais importante que a totalidade, nada devia ir além da experiência da leitura.

Conte para nós sobre o momento em que “Love, the App” finalmente nasceu e saiu ao mundo. O que você sentiu ao ver o projeto concretizado?

Há muitos momentos, e são muito diferentes. O que mais me comoveu foi receber emails ou comentários de pessoas desconhecidas (jovens e adultos) que se sentiram tocadas por “Love”. Recebi muitas mensagens muito emotivas. Umas das razões pelas que decidimos fazer NIÑO e criar este tipo de livros é porque acreditamos que as histórias têm um efeito terapêutico, quase curativo; porque nos permitem chegar a lugares perdidos. Acredito que foi por isso que me senti tão comovido.

E então o prêmio, que foi uma espécie de confirmação de nosso trabalho e das decisões que tomamos – que foram muitíssimas e muito particulares, porque “Love” é um app book diferente, que não segue muito as convenções deste tipo de produtos. Então pode-se supor que ele pode agradar mais algumas pessoas e menos a outras.  Mas Bolonha é a feira mais prestigiosa, no que diz respeito à literatura infantil e juvenil, então foi muito alentador que o nosso trabalho fosse reconhecido nesse âmbito.

Acredito que esse tipo de projetos, que são um pouco compridos e árduos, vão se ressignificando com o tempo. Quando publicamos “Love”, senti um tipo de distância com o produto, estávamos tão esforçados em difundir o app que praticamente tínhamos esquecido de todo o esforço que tínhamos tido. O importante era que ele fosse conhecido pelas pessoas, que todo esse trabalho não fosse em vão. Então, os estados vão se transformando, a relação com a obra, os interesses se definem de novo. Mas hoje olho um pouquinho para trás e vejo que fizemos algo significativo, para nós e para essas outras pessoas que entraram em contato e contaram isso para nós.

Qual foi a “chave” que te ajudou a levar a ideia de projeto à realidade?

Não por limites a nós mesmos. Acredito que isso foi o mais importante neste caminho. Se olho para trás, vejo uma pessoa que há dois anos tinha um livro muito querido (“Love”) na biblioteca. Penso em tudo o que aconteceu entre esse momento e hoje, e creio que houve algo de obstinação ou loucura, ou sonho, que foi fundamental para chegar até aqui. Houve um propósito inicial, que se converteu em um espírito e todos nós nos contagiamos com isso.

O prêmio de Bolonha poderia não ter vindo, mas nós trabalhamos “Love” levando em conta sempre o fechamento da apresentação na Feira. Creio que isso é algo que aprendemos depois de tanta “ginástica” trabalhando em agências, nas quais o prazo e os objetivos são fundamentais.

Está gestando alguma nova ideia?

Sim. Estamos trabalhando em novos projetos. Um em particular que tem a ver com a possibilidade de criar novos canais de leitura. Não quero contar muito porque ainda é uma semente.

Mas sempre estamos gestando novas ideias. Isso é maravilhoso e complicado ao mesmo tempo. Porque pensar requer muita energia e se essa energia não se ativa, acaba se tornando algo pesado. Atingir esse equilíbrio não é algo simples.

Para saber mais: http://www.lovestorytheapp.com/

[Fonte: ComKids]

 

[ENTREVISTA] Mônica de Sousa pede um debate mais racional sobre publicidade dirigida a crianças

monica d s

 

Qual é a relação da Turma da Mônica com a questão da infância?

Nossa meta sempre foi trabalhar para o bem-estar da criança. Passamos valores como amizade, respeito aos pais, aos mais velhos, uma sociedade mais ou menos equiparada, onde todo mundo tenha pai e mãe cuidando com carinho.

No que a resolução impacta o negócio de vocês?

A resolução quer, de alguma maneira, sumir com todos os personagens infantis. Estende-se a embalagens, que não podem ser coloridas, bonecos, que não podem ter som... É muito radical. Podemos trabalhar em conjunto com as instituições para chegar a um denominador comum. A sociedade está consumindo mais, a doença do século é a obesidade, mas isso tem que ser trabalhado com educação, não proibição.

Proibir não é o melhor para proteger a criança?

Se você proíbe uma criança de ver alguma coisa, a está deixando mais alienada. Ela tem que crescer e saber discernir entre certo e errado. A família tem que passar isso. É simplista proibir comerciais de televisão e personagens. Isso vem de uma sociedade que está com problema emocional. Pais e mães estão substituindo o convívio por dar presentes. Isso não é culpa da publicidade, e sim dessa sociedade, que está carente dessa relação.

A resolução ajuda a lidar com o consumismo exagerado?

Empresas deixaram de anunciar para crianças. Qual foi a consequência? Deixou de existir o espaço infantil nas TVs abertas. quando se proíbe uma publicidade dirigida à criança, esta não deixará de ver televisão e vitrines, vai começar a consumir um produto que não é para ela, mas para um adulto. Produtos voltados para crianças são mais bem preparados para elas. Tiraram todo horário infantil da criança da TV, agora os canais passam receitas.

É a publicidade infantil que garante programas infantis na TV?

Sim. Refrigerante não anuncia mais para criança. Mas os comerciais dele são vistos por elas. Esse tipo de resolução é tapar o sol com a peneira. Não vai melhorar o que está acontecendo, o fato, que é a obesidade. Três fatores fazem a criança comer demais: genético, emocional e exemplo da família. Colocar o governo para proibir qualquer publicidade é muito fácil. Educar é que é mais difícil.

As regras que já existem vão no caminho da resolução?

Existem alguns abusos. Merchandising em programa infantil é absurdo. De alguma maneira, você está colocando um ídolo ali dizendo que usa aquele produto. Mas a Maurício de Sousa tem suas regras. A gente não tem licenciamento de refrigerante e bala, porque mudou a sociedade. Faz 16 anos que trabalhamos com frutas no licenciamento. De alguma maneira, estamos fazendo com que a mãe tenha a força do personagem para incentivar a criança a experimentar frutas e verduras.

A resolução inviabiliza isso?

Tudo. Até a maçã não teremos mais, não pode ter personagem na embalagem.

Algo que promove a boa alimentação não estaria preservado?

Não, porque não pode estar associado ao produto. Miram em uma caixa de marimbondo e pegam todos os passarinhos em volta. Que empresa vai licenciar produto para crianças, se vai ter que se defender o tempo inteiro?

Qual é hoje a ética interna da Mauricio de Sousa Produções?

Os personagens ilustram a embalagem, mas não testemunham sobre o produto. A Mônica não fala “essa minha força vem em função disso!”, nunca fizemos isso.

Por quê?

O Maurício proíbe falta de ética, de maneira que desqualifique a criança. Meu pai, por exemplo, não aceita nem ser júri de desenhos, porque não consegue dizer para uma criança que o desenho dela não está bom. Meu pai é um artista. E quer que a arte dele sobreviva a tudo isso.

Quando um personagem aparece em uma embalagem, ele apoia a compra do produto?

Ele não está fazendo com que (a criança) consuma, mas com que escolha aquele produto entre outros.

Isso não é usar uma relação que ela estabeleceu com o personagem em outro lugar, fora do mercado, para sugerir uma compra?

Não é só isso. Tem o aval do Mauricio, que toma cuidado com quem fabrica o produto dele. A gente se pergunta: você daria esse produto para seu filho? Todo mundo quer licenciar, negamos a maioria. E com propostas boas financeiramente.

O uso de personagens infantis em produtos para adultos é uma forma de se aproveitar da influência da criança na família?

A criança já manda na família, está com força fenomenal. Eu não concordo com isso, no meu tempo quem decidia eram a mãe e o pai. Não tem a ver com o personagem, é o poder que a criança está tendo.

Anunciante se aproveita da vulnerabilidade da criança?

É o contrário, a criança está percebendo a vulnerabilidade dos pais, sabe o que quer vestir ou com o que quer brincar. Não vai deixar de consumir, pois a família está consumindo.

O bombardeio mercadológico não contribui para este problema?

Com certeza.

Mas não é contra isso que a resolução quer atuar?

Nas classes A e B há diminuição de obesidade e de consumo, porque se tem mais informação. Por que não se faz a mesma coisa com o personagem? O personagem promovendo educação familiar, educação de consumo, isso é interessante. Vamos pegar essa força para isso também. Não destruindo os personagens.


[Fonte: O Globo]

 

[OPINIÃO] A publicidade deve ser proibida para crianças?

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Pesquisas apontam que, no Brasil, as crianças influenciam em até 80% as decisões de consumo das famílias. E o mercado publicitário faz de tudo para vender toda sorte de produtos aos pequenos. Alegando que essa overdose de publicidade é danosa para as crianças, foi aprovada a resolução que proíbe a publicidade direcionada a crianças. Para os contrários à resolução, a proibição é uma medida autoritária e inútil. E você, compra qual ideia?


Sim

As crianças não têm maturidade suficiente para se proteger da persuasão exercida pela publicidade, sendo facilmente seduzidas para o consumo. O Estado tem a obrigação de interferir para defender o público infantil dessa lavagem cerebral publicitária. Ainda mais quando esse estímulo é feito por meio de uma concessão pública, que é a televisão

Os abusos da publicidade contribuem para a obesidade infantil. Pesquisas comprovam a relação entre os comerciais de alimentos e o sobrepeso infantil. Um estudo do National Bureau of Economic Research, nos EUA, mostrou que, se os anúncios de redes de fast food fossem eliminados, o número de crianças gordinhas seria quase 20% menor

Com campanhas milionárias, repetidas à exaustão, a publicidade acaba anulando a autoridade dos pais, que ficam reféns das demandas consumistas criadas nos filhos. O resultado são crianças frustradas e em conflito com a figura paterna

A necessidade de regulamentar a publicidade infantil é um consenso mundial. E a maioria dos países desenvolvidos já adotou legislações restritivas. Na Suécia, por exemplo, é vetado qualquer tipo de propaganda para crianças. Inglaterra, Alemanha, Espanha e Canadá também têm leis severas contra o oba-oba publicitário


Não

Não se pode privar um jovem de informação, seja de que tipo for. Ele só terá maturidade se for educado para ter uma visão crítica sobre tudo com o que entra em contato, como uma propaganda. Nesse sentido, a solução para controlar o consumismo infantil é a educação, e não a restrição. Se o mal fosse a exposição de produtos, deveríamos proibir também as vitrines em lojas

A obesidade não é causada pela propaganda, mas, sim, por uma série de fatores, desde socioculturais até genéticos. O que falta é uma boa educação alimentar. Não adianta impedir a publicidade de alimentos gordurosos se, em casa, a galera vê os pais enchendo a pança de frituras

Em um sistema democrático, não pode ser delegado ao Estado o poder de decidir sobre os hábitos de consumo de um indivíduo. A conscientização de uma criança nasce da boa orientação passada pelos pais, e não de uma norma imposta por decreto A obesidade não é causada pela propaganda, mas, sim, por uma série de fatores, desde socioculturais até genéticos. O que falta é uma boa educação alimentar. Não adianta impedir a publicidade de alimentos gordurosos se, em casa, a galera vê os pais enchendo a pança de frituras

Ninguém questiona que as propagandas abusivas devam ser controladas. A questão é que já há mecanismos eficientes para isso no Brasil. O Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) tem uma resolução que trata do cuidado com público infantil, e nosso Código de Defesa do Consumidor é um dos mais avançados do mundo


Fontes - Stalimir Vieira, especialista em publicidade infantil da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP); Isabella Henriques, advogada e coordenadora do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, em SP; Estudo do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição, da Universidade de Brasília (UnB); assessoria da I Conferência Internacional de Marketing Infantil, em SP; http://papers.nber.org/papers/w11879; www.interscience.com.br; www.multifocus.com.br

[Via: Mundo Estranho]

 

Brincadeira séria demais

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Quando vemos os arcos dourados em algum lugar, já lembramos do McDonald’s. As crianças também. Estudo prova que aquelas que reconhecem logotipos de redes de fast food têm maior tendência em ganhar peso.

Quanto mais peso permitimos que as crianças ganhem, mais difícil será fazê-las perder quando adultos. Por isso, o estudo da Michigan State University (Estados Unidos), que liga a compreensão de logotipos de fast food com obesidade, nos preocupa.

Em teste conduzido na universidade, foram observadas crianças entre três e cinco anos de idade, divididas em dois grupos: as que reconheciam marcas como McDonald’s, Burger King, Coca-Cola, Pepsi e Doritos.

A descoberta, publicada na edição de junho da revista científica Appetite, foi a de que as crianças do primeiro grupo apresentaram maior Índice de Massa Corporal. Como uma precocidade que abrevia a infância, o conhecimento sobre o universo das comidas pobres em nutrientes e ricas em calorias vazias, aquelas que engordam sem nutrir, influencia mais no peso dos petizes que horas gastas em frente à TV, o que também foi aferido.

Se conhecem tanto sobre fast food é porque se relacionam com seus produtos. E até demais. A questão é avaliar o quanto a publicidade para crianças influencia em seu comportamento, tendo em mente a perspectiva de toda uma vida. E não só a delas. Em matéria anterior, vimos que até o DNA é modificado por hábitos alimentares, podendo levar os problemas de saúde causados pelo excesso de peso até para as próximas gerações.

Atualmente, a restrição total de publicidade dirigida a crianças está sendo avaliada pelo Senado do Brasil. A intenção é restringir os impactos negativos da publicidade dirigida ao público infantil, questionar os atuais padrões de consumo e apontar quais são as alternativas para um estilo de vida mais sustentável.

[Fonte: Lucilia Diniz]

 

Filhos alertam pais sobre rede elétrica

Propeg mostra que as dicas de segurança são tão simples que são ensinadas pelas crianças

Para sinalizar sobre os riscos de acidentes envolvendo redes elétricas, a Propeg de Salvador desenvolveu a campanha educativa para as concessionárias do Grupo Neoenergia (Coelba, Celpe e Cosern). A ação traz uma inversão de papéis: os filhos alertam os pais que tomem cuidado com fios, postes e antenas. A série de anúncios destaca dicas de seguranças simples de serem seguidas e ensinadas. A veiculação será em Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte, com comerciais para televisão, material impresso, ações digitais, rádio, outdoor e busdoor.

 

[Fonte: Meio&Mensagem]

 


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