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Projeto Comunicação para a Cidadania no Cuca Mondubim chega ao seu ultimo dia de oficinas

No dia 17 de novembro aconteceu a ultima sexta-feira de oficinas do projeto Comunicação para a Cidadania no Cuca Mondubim. A oficina teve como tema “Mídia e Educação” e foi ministrada pelos estudantes do curso de Sistemas e Mídias Digitais da Universidade Federal do Ceará (UFC), Vinicius Castelo Mauany Alencar, e pelo estudante de Publicidade e Propaganda, George Torres.

A oficina começou com uma dinâmica de apresentação envolvendo os participantes e seus respectivos locais de moradia. Era dado um papel a cada um, no qual ele deveria escrever seu nome, bairro e cinco palavras/expressões marcantes deste. Após todos terminarem, os participantes foram escolhidos aleatoriamente para comentarem os bairros uns dos outros. Muitos não conseguiam localizar sequer os bairros apresentados e muito menos conheciam suas características, porém, no momento seguinte, cada um explicou os porquês das palavras escolhidas para o bairro, o que pessoalmente achei uma forma muito interessante de introduzir o assunto da oficina, pois as pessoas tinham uma certa propriedade pra falar da relação que entre cidade e mídia. O participante tinha o seu bairro como uma extensão de sua casa e por isso tinha sua vivência e a intimidade de falar de aspectos reais dele (bons e ruins) e de aspectos reinterpretados pela mídia. Diante disso, as citações incluíam atividades culturais, estabelecimentos, economia, problemas sociais, movimentação, infraestrutura. Consequentemente, a mídia foi sendo desmascarada e suas estratégias, sendo expostas. Exaltação de notícias ruins, desrespeito e desdém com culturas locais, espetacularização desnecessárias, estereotipação.

O breve conhecimento das vivências foi utilizado como exemplo para introduzir conceitos da educomunicação e a partir disso salientar como a educomunicação pode ser utilizada não só para a aprendizagem, como também para a produção de conteúdos. Durante a oficina, George diz o seguinte: “quando você tá lendo um jornal, assistindo uma notícia na televisão, vendo as redes sociais você entender que aquilo foi construído em cima de uma ideologia, em cima de interesses e ver que esses interesses impactam na forma como você vê o que tá sendo noticiado”. Mauany falou um pouco sobre como a mídia mostrar o lado ruim de um bairro origina na cultura do medo em que ela está inserida, além do discurso mercadológico que ela alimenta. Um exemplo disso foi mostrado como chamadas de notícias vindas de diversas fontes jornalísticas (jornais televisivos, portais da internet, impressos).

Também questionou-se a nossa capacidade de refletir sobre toda a informação que é chegada até nós, visto que novas mídias e plataformas trouxeram a ubiquidade de quase todo o material consumido atualmente. O público foi instigado também a comentar suas fontes de informação atuais, formadas em sua maioria de jornais escritos, digitais, televisivos e de rádio, a partir disso surgiu a discussão sobre fake news e foi ressaltado como algumas delas conseguem alcance de público. Daí incluiu-se a reflexão de precisar existir uma educação própria para a utilização de meios tecnológicos e o consumo de informações provindas desses meios.

Uma segunda dinâmica encerrou o encontro. Os ministrantes trouxeram um conjunto de revistas e noticiários e incentivaram todos a criação de grupos de duas/três pessoas. A esses grupos foi proposto que pegassem uma das notícias e fizessem uma espécie de chamada envolvendo o assunto principal da notícia escolhida e os respectivos bairros. Com disso, os participantes se empenharam bastante em tentar conciliar as boas notícias que pegavam (sobre arte, cultura, educação) com as características boas de seus bairros. O que serviu de exercício criativo, lembrando informações que estabelecem crescimento humano próximas de cada um.

Em breve será dada continuidade ao projeto Comunicação para a Cidadania, e serão ministradas oficinas na última sede do Cuca restante: o Cuca Barra. As informações sobre as futuras oficinas serão publicadas aqui e na fanpage do Grim no facebook. Aguardem!


 

Redejubra lança nota de repúdio à chacina no Centro Mártir Francisca

Centro

Na madrugada do dia 13 de novembro, quatro adolescentes foram retirados de dentro do Centro de Semiliberdade Mártir Francisca e assassinados a tiros. O Centro está localizado no Bairro Sapiranga em Fortaleza.

A Redejubra Fortaleza lançou uma nota de repúdio à chacina:

NOTA DE REPÚDIO DA REDEJUBRA

FORTALEZA - NOVEMBRO DE 2017

A Associação Nacional Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras da Juventude Brasileira (REDEJUBRA), fundada em Fortaleza em 14 de agosto de 2017, por ocasião do VII JUBRA – Simpósio Internacional sobre a Juventude Brasileira, vem a público se manifestar sobre a violência que tem acometido a vida de adolescentes e jovens pobres, negros, residentes na periferia da cidade de Fortaleza. Solidarizamo-nos com o grupo de mães do socioeducativo do Ceará e com o Fórum Popular de Segurança Pública do Estado do Ceará que cotidianamente têm denunciado práticas de execução desta juventude e de omissão do Estado em todas as suas instâncias municipal, estadual e federal em meio a um quadro histórico e cada vez mais agravado de violação aos Direitos de crianças, adolescentes e jovens pobres. Posicionamo-nos, como Associação REDEJUBRA, pela investigação rigorosa da bárbara execução ocorrida no último domingo 12 de novembro e que ceifou a vida de quatro adolescentes que cumpriam medidas socioeducativas no Centro de Semiliberdade Mártir Francisca, no bairro Sapiranga. Conclamamos a sociedade brasileira a reagir frente à situação de tamanha iniquidade, e defender os direitos à vida, à educação, ao presente e ao futuro de adolescentes e jovens alvos do genocídio em nosso país.”

 

Terceira oficina do projeto Comunicação para a Cidadania

As oficinas do projeto Comunicação para a Cidadania no Cuca Mondubim chegam ao seu terceiro tema: consumo e mídia. Ministrada por Jéssyca Sousa, graduanda em Publicidade e Propaganda na Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante do GRIM e pela professora e coordenadora do GRIM Inês Vitorino. A oficina aconteceu no dia 27 de outubro e contou com a participação de alguns membros Repórteres Cuca, além de jovens comunicadores e integrantes do Grim.

Como sempre, o início deu-se com a apresentação dos participantes e suas opiniões sobre o material escolhido pela facilitadora da oficina, cujo consistia em papéis com letras de música, poemas, tirinhas e charges cuja temática era a mesma da oficina: Consumo e Mídia. Os materiais estavam espalhados pela sala e cada participante escolhia sobre qual material queria comentar, além de falar sobre qual foi a sua última compra feita. As respostas variaram entre pessoas que consumiam de forma moderada, seja por vontade própria ou a partir de um planejamento financeiro, e pessoas que consumiam de forma exagerada e levavam isso apenas como um estilo de vida, sem problematizar o hábito.

Um dos produtos de consumo mais citados pelos participantes foi a comida. Outros produtos citados foram aparelhos eletrônicos, roupas e livros. A valorização do mercado local e produções de empreendedores individuais foram alguns dos temas que surgiram ao citarem seus consumos principais. Parte do debate também girou em torno do capital simbólico promovido pelo mercado (“você não quer um sapato, você quer um nike”) e de como nós somos utilizados para a facilitação do marketing, usando produtos de empresas grandes. Além disso, entrou em questão como o público acaba apropriando-se desses produtos, fazendo deles parte de suas identidades.

Datas comemorativas como picos comerciais também entraram na discussão, tendo o Natal como maior exemplo dentre essas datas. Aproveitando o assunto, foi também discutido como frases do tipo “papai Noel só presenteia quem se comporta direito” influenciam sentimental e psicologicamente crianças que acabam não ganhando presentes no Natal por falta de dinheiro da família. Os assuntos discutidos, além dos citados, foram o consumo como forma de escape do cotidiano, a relação do consumo desenfreado com outros vícios e o fato de produtos acabarem por tornarem-se obsoletos rápidos demais apenas para um lançamento de sua “nova e melhorada” versão.

Jéssyca Sousa fala um pouco da sua experiência ministrando a oficina:

“Todas as oficinas ministradas no CUCA ao longo desse ano têm sido riquíssimas e engrandecedoras. Longe de ser uma experiência no modelo “sala de aula”, as discussões enveredam muito mais pela troca de saberes e visões de mundo. Sempre voltamos para casa um pouco zonzos com tantos relatos incríveis. No meu caso, eu ainda levo um tempo para conseguir digerir tudo que foi colocado ali diante do grupo. Temas interessantes e entusiasmo mútuo é a combinação perfeita para debates que certamente geram um impacto em todos do grupo, e com a oficina de consumo e mídia não foi diferente.
Todos nós estávamos muito envolvidos e contribuímos com o relato das nossas experiências numa roda de conversa, discutimos acerca da nossa relação com o consumo, a lógica materialista do mercado, e o quanto isto se revela evidente no nosso cotidiano. Além disso, também nos questionamos sobre esse modelo consumista que nos é vendido. Alguns exemplos de músicas, filmes e peças publicitárias foram distribuídos pela parede da sala para que discutíssemos o papel da mídia dentro dessa lógica consumista.
Fica muito claro para nós, sempre que vamos a campo, a importância de promover e principalmente participar dessas trocas, pensar juntos uma Comunicação diferente e mais humana, respeitosa – e, claro, criativa. Quem melhor do que os jovens para mudar isto? A experiência é, sem dúvida, renovadora e encorajadora.”

As oficinas continuarão a partir do dia 17 de novembro e a programação completa, horários e local podem ser encontrados neste link.

 

O Projeto Dica de Criança chega ao seu ultimo dia de vídeos

Nesse episódio especial, comemoramos com alegria os diversos momentos encantadores que passamos juntos, com as 19 crianças que separaram um pouquinho do seu tempo para nos dar dicas daquilo que mais gostam de fazer. Teve música, esporte, literatura, filme e muita brincadeira, através de vozes que vão continuar ressoando aqui na página do GRIM. Agradecemos a todos que nos acompanharam e, principalmente, aos protagonistas dessa série que deixará marcas na nossa história.

 

Projeto Dica de Criança

A dica do Kauã, de 11 anos, está relacionada com o seu esporte favorito. Assim como a leitura, o esporte também foi muito recorrente durante a nossa campanha, o que mostra o quão importante ele é na vida das crianças. Sendo assim, estamos nos aproximando do fim do mês, com o vídeo de encerramento que irá ao ar amanhã. Não percam!

 


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