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Idec lança publicação sobre a regulação da publicidade de alimentos não saudáveis

Publicado originalmente por idec

Especialistas acreditam que este tipo de comunicação tem incentivado o consumo de alimentos pouco saudáveis, causando aumento de obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis. No Brasil, a legislação ainda carece de tratamento detalhado em relação ao tema.

Em 12 de novembro, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) lança a publicação “Publicidade de alimentos não saudáveis: os entraves e as perspectivas de regulação no Brasil”, que representa a segunda publicação da Cadernos Idec - Série Alimentos. Esta publicação faz parte de um projeto cujo objetivo é avaliar a eficácia de políticas públicas e da regulação de alimentos no Brasil, incluindo as abordagens compulsórias e voluntárias sobre a rotulagem, a publicidade e a reformulação de produtos alimentícios, a fim de prevenir e controlar as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) relacionadas à alimentação não saudável.

Atualmente, no mundo todo, este tem sido um tema bastante discutido por pesquisadores, médicos, especialistas e sociedade, pois a indústria do fast-food e dos produtos alimentícios ultraprocessados utiliza largamente das mais diversas formas de comunicação mercadológica para encorajar o consumo de seus produtos. Devido ao aumento expressivo da obesidade e de outras DCNTs, muitos especialistas têm sugerido que a propaganda e a publicidade desses alimentos contribuem para que as pessoas tenham cada vez mais dificuldade para escolher alimentos saudáveis, em especial as crianças.

Diante deste cenário, a Organização Mundial de Saúde, a Organização Pan-Americana de Saúde e diversas organizações de defesa do consumidor e da saúde, como a Consumers International e a Federação Mundial de Obesidade, têm recomendado que os governos adotem regulação específica para o marketing de alimentos não saudáveis. No Brasil, a legislação ainda carece de tratamento detalhado em relação ao tema.

A publicação está dividida em duas partes: a Parte I trata de um estudo sobre o processo decisório para a regulação da publicidade de alimentos não saudáveis desencadeado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que culminou com a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 24 em 2010; a Parte II apresenta um estudo sobre as propostas legislativas para regulação do marketing de alimentos não saudáveis, ou seja, com quantidades elevadas de açúcar, gordura saturada, gordura trans, sódio, e bebidas de baixo teor de nutrientes.

A publicação está disponível para download gratuitamente AQUI, em português e inglês.

A publicação foi lançada durante o Seminário Internacional sobre “Alimentação na prevenção de doenças crônicas”, organizado pelo Idec, também realizado em 12 de novembro.

 

Conar notifica erro em redação do Enem

Publicado originalmente por propmark

O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) enviou ofício ao Ministério da Educação e ao Inep (Instituto Nacional de Estudos Educacionais Anísio Teixeira), responsáveis pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), indicando-lhes um erro elementar no mapa que visava a orientar os estudantes no desenvolvimento do tema da redação da prova deste ano.

Lá se informa que, no Brasil, haveria apenas autorregulamentação para controle da publicidade de produtos e serviços destinados a crianças e adolescentes.Como se sabe, o tema é capitulado não só no Estatuto da Criança e Adolescente, quanto no Código de Defesa do Consumidor, que impõe pena de detenção e multa a quem incorrer na prática publicidade abusiva.

O enunciado da prova ignorou, portanto, que no Brasil está em vigência um sistema misto, que combina legislação e autorregulamentação, embora tenha mencionado a questão da inconstitucionalidade da resolução do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) para disciplinar a matéria.

“Tomamos a iniciativa de oficiar os responsáveis pelo Enem exatamente porque entendemos que, da forma como o tema foi exposto, parece externar uma vulnerabilidade da sociedade brasileira que, na realidade, não existe”, afirmou o presidente do Conar, Gilberto Leifert.

Fenapro: inadequado

A Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) considerou que a proposta de redação do Enem foi "inadequada" e um grande equívoco por parte dos organizadores da prova. O argumento da entidade é que o mérito explicado na questão seria muito complexo para estudantes do Ensino Médio.

“Trata-se de um tema da maior profundidade para a atividade publicitária inclusive para a própria economia brasileira, e requer no mínimo uma noção do que é comunicação social. O risco é o Enem induzir à formação de opinião sem base suficiente sobre uma matéria complexa”, afirmou Glaucio Binder, presidente da Fenapro. O executivo ainda disse que, por sua importância e impacto sobre os negócios, o tema não deveria ser utilizado como se fosse uma questão de conhecimento geral.

prova

 

Panorama Setorial da Internet

De que forma a Internet pode colaborar para a prática docente? Como as ferramentas disponíveis na rede podem contribuir para o aprendizado? Esta edição do Panorama Setorial da Internet aborda esses e outros temas, trazendo também os resultados da pesquisa TIC Educação 2013 para o centro do debate. Para acessar a publicação, clique aqui.

Confira os destaques da edição de novembro:

Recursos digitais na escola: repensando caminhos

A professora Bianca Santana reflete sobre as novas possibilidades trazidas ao ambiente pedagógico a partir do uso de recursos digitais, discutindo os resultados da pesquisa TIC Educação 2013.

Panorama Entrevista: Carolina Rossini

Entrevistamos a fundadora da REA.br em uma conversa sobre o papel dos recursos educacionais abertos (REA) no Brasil e a posição do professor neste contexto.

Relatório de Domínios

Acompanhe a dinâmica do registro de domínios no mundo e no Brasil.

Tire suas dúvidas: Direitos Autorais e Educação Digital

Carlos Affonso Souza e Sergio Branco discutem autoria, direitos autorais e licenciamento de conteúdo, levando em consideração o contexto de atuação do professor.

Sobre o Panorama Setorial da Internet

O Panorama Setorial da Internet é uma publicação trimestral produzida pelo CETIC.br que explora temas relacionados ao acesso e uso das tecnologias em diferentes setores da sociedade.

A edição de novembro de 2014 aborda o uso de recursos educacionais digitais no desenvolvimento de atividades de ensino-aprendizagem, com destaque para as questões ligadas à autoria e ao licenciamento de conteúdos.

O texto faz referências aos resultados da Pesquisa TIC Educação 2013, cujo objetivo é medir a presença e o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas escolas públicas e privadas do País. Para acessar os indicadores completos da pesquisa visite o site http://www.cetic.br.

 

Tema da redação do Enem 2014 é "publicidade infantil em questão no Brasil"

Publicado originalmente por Extra / Por Márcia Montojos

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Ana Paula confia em uma boa pontuação no Enem 2014. Foto: Thiago Freitas / Agência O Globo

Os primeiros candidatos a deixar as salas de provas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), neste domingo, consideraram o tema da redação do Enem "inesperado". Neste ano, os concorrentes deveriam dissertar sobre a "Publicidade infantil em questão no Brasil".

Ana Paula Mariano Gama, de 19 anos, acredita ter ido muito bem, mas confessa que ficou surpresa com a redação.

— O tema da redação deste ano me surpreendeu, foi difícil. Mas estou confiante. Estou certa que fui bem, me preparei bastante para isso — comenta Ana Paula, que pretende cursar Jornalismo.

Outro candidato que sentiu dificuldade este ano, foi Anderson dos Santos, de 35 anos. Anderson é auxiliar de operações de um supermercado. Fez Enem este ano para conseguir seu certificado de conclusão do Ensino Médio. Foi o primeiro a sair na Uerj e disse ter achado a prova complicada.

— Achei as provas difíceis. A prova de redação estava bem complicada — comenta antes de voltar para casa.

Fernando Bernardes, de 20 anos, faz o Enem pela primeira vez. O jovem trabalha com computação e teve pouco tempo para estudar. Por conta disso, optou por fazer como 'treineiro' e vai concentrar suas energias para o Enem 2015. Sobre a prova, destacou o tema da redação.

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Fernando se surpreendeu com o tema da redação deste ano Foto: Thiago Freitas / Agência O Globo

— Achei o tema da redação muito sinistro, não assisto televisão e foi bem difícil argumentar — ressalta.

O ator Felipe Veloso, de 20 anos, afirma que teve pouco tempo para estudar. Mesmo assim, resolveu fazer o Enem. O jovem comenta que teve dificuldade com a prova de matemática e também achou difícil o tema da redação.

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Felipe achou a prova de matemática difícil Foto: Thiago Freitas / Agência O Globo

— A prova de matemática estava mais difícil que a de redação. Não estou com muita expectativa, mas ano que vem tentarei novamente.

 

Publicidade e comida. Qual é o limite ?

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Publicado originalmente por Hora da Comida


Quem lê o rótulo do que compra no supermercado para comer ? Praticamente ninguém. No máximo, olhamos o quadradinho com as informações sobre calorias, gorduras trans e quantidade de sódio. Ignoramos o quesito ingredientes que é revelador e, muitas vezes, assustador, porque contraria o que a propaganda diz do produto. Exemplos: integral que não é integral ou suco de frutas quase sem frutas e com muito açúcar. O alerta é de especialistas em nutrição e em direitos do consumidor que participaram ontem (29) do debate “Publicidade e consumo na alimentação” – dentro do seminário internacional “Alimentação Hoje – entre carências e excessos”, promovido pelo Sesc SP.

O debate esquentou com a revelação da última edição da revista Exame de que a fabricante de sorvetes paulistana Diletto inventou uma história para impulsionar a venda de seus picolés. Quando a empresa nasceu, seu dono disse que a inspiração para os picolés teria vindo de um avô italiano que usava frutas frescas e neve para faze sorvetes até que a Segunda Guerra Mundial o forçou a imigrar para o Brasil. Tudo mentira. O avó, jardineiro, nunca fez sorvetes. A Diletto explicou que precisava de uma boa história para convencer o cliente a pagar R$ 8 reais por um picolé desconhecido. Quem também admitiu que mente é a fabricante carioca de sucos Do Bem que dizia usar laranjas do senhor Francesco do interior paulista. Na verdade, compra de grande empresas do setor, assim como fazem outros fabricantes.

A nutricionista Ana Paula Bortoletto, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), disse que a revelação sobre a Diletto foi considerada “grave” pelo órgão e que a estratégia configuraria ” propaganda enganosa”. A professora Helena Maria Afonso Jacob, que pesquisa a relação da indústria alimentícia com a mídia, disse que a Dilleto e a Do Bem usaram uma estratégia de marketing conhecida como storytelling que busca a sedução do consumido, com histórias envolventes em que o lucro não é o único objetivo. Até os anos 90, o marketing buscava persuadir as pessoas. Hoje, seduz.

A publicidade de alimentos voltados para o público infantil foi o principal alvo das preocupações, durante o debate. Afinal, a criança não tem experiência ou julgamento para avaliar um produto. “Personagens infantis, como rainhas, princesas, heróis, vendem todo o tipo de produtos, com linguagem, cores, formas atraentes”,  afirma a advogada Ekaterine Karageorgiadis, do Instituto Alana – uma ONG que busca pela garantir condições para a vivência plena da infância. O que está em risco aqui é a formação de hábitos alimentares que se consolidam na vida adulta.

A nutricionista Ana Paula (Idec) citou a campanha do órgão que alerta a sociedade sobre a qualidade dos sucos de frutas em embalagens de papel (os sucos de caixinhas). Após uma pesquisa, foi constatado que esses sucos têm frutas de menos e açúcar de mais, sendo que, neste caso, os rótulos não deixam isso claro. Pela legislação vigente, segundo Ana Paula, não há limite para a quantidade de açúcar que pode ser usada na preparação. O Idec fez o vídeo Agite(-se),  muito bem humorado, em que crianças descobrem o que tem dentro do suco que tomam.

É bom lembrar que, no Brasil, 15% das crianças são obesas e 30% têm sobrepeso. Por que isso acontece? Bem, é muitíssimo comum pais darem Coca-Cola na mamadeira a crianças com menos de 12 meses. Sim, é verdade e o documentário “Muito além do peso” (disponível no YouTube) mostra como chegamos a essa situação, com depoimentos de advogados, nutricionistas, médicos, pais e crianças. “Para muitas famílias, dar leite ou Coca-Cola é a mesma coisa”, diz Helena, ponderando que a empresa é vista “acima do bem e do mal” por muitas pessoas, principalmente a geração de avós que pegaram a empresa no seu auge, quando não havia questionamentos sobre o refrigerante.

“A única defesa que nós temos é comer comida de verdade”, diz Helena, citando o pesquisador norte-americano Michael Pollan, que sugere a seguinte pergunta: minha avó comeria isso? reconheceria isso como comida? Na rotina das grandes metrópoles, fugir da comida industrializada é um desafio ainda maior mas nem por isso devemos desistir, porque sempre há o ruim e o menos ruim – na pior das hipóteses. E, nesse sentido, ler os rótulos é essencial.

No livro Cozinhar – Uma história natural da transformação, Pollan relata que  31 componentes químicos (listados no rótulo) entram na massa do pão Trigo 100% Integral Macio à venda nos Estados Unidos, mas os padeiros da linha de produção da fábrica não souberam explicar para que serviam. Mais tarde, cientistas explicaram que um “condicionava” a massa para que as máquinas não grudassem; outro fornecia à massa a maior quantidade de ar no menor tempo possível; um outro impedia que o pão azedasse ou mofasse e por ai vai…..havia um ingrediente que encobria o sabor químico dos outros.

 


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