Pesquisas

Resumo das Pesquisas

(2014 - 2016) Publicidade Infantil em Tempos de Convergência
Este projeto busca compreender a relação de crianças, na faixa de 9 a 11 anos, com comunicação comercial, em especial, a publicidade, no novo contexto de convergência midiática. Neste contexto, está particularmente interessado em identificar (i) o nível de entendimento dessas crianças acerca da natureza persuasiva desta forma de comunicação, (ii) o tipo de apreciação que são capazes de fazer acerca das estratégias de persuasão nela contidas e (iii) suas leituras acerca dos possíveis impactos dessa comunicação comercial em sua formação e em seu bem estar. Para tanto, são realizados 10 grupos focais com crianças de diferentes níveis sócio-econômicos. De modo complementar, são também aplicados questionários aos pais dessas crianças acerca do entendimento deles acerca desses mesmos fatores e de sua atuação na mediação desse processo. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, que assume uma perspectiva interpretativa, apoiando-se em elementos da análise do discurso para proceder a análise da fala das crianças. É realizada em parceria com o Ministério da Justiça

Relatório na íntegra pode ser lido em: http://www.defesadoconsumidor.gov.br/images/manuais/publicidade_infantil.pdf

Kids Online Brasil

O projeto ora proposto tem como objetivo avaliar em termos qualitativos e contextuais os acessos, usos e apropriações das mídias digitais por crianças e adolescentes no Brasil, tendo em vista a consideração dos riscos e oportunidades envolvidos nesta relação. A análise de caráter interpretativo terá como referência a pesquisa EU Kids Online, realizada na Europa, e o levantamento quantitativo e qualitativo que já vem sendo feito no Brasil no projeto Kids Online Brasil, entre 2012 e 2014, do qual participamos na condição de especialista. Financiada pelo programa Safer Internet Plus, da Comissão Europeia, a pesquisa EU Kids Online foi norteada por objetivos de intervenção em matéria de segurança, visando fornecer indicações e recomendações, sustentadas em evidências, para políticas públicas. A pesquisa, coordenada por Sonia Livingstone e Leslie Haddon, da London School of Economics, vem sendo desenvolvida em mais de 25 países, desde 2006, com um enfoque interdisciplinar, tendo como um importante desafio considerar a diversidade contextual que abriga as diferentes práticas de acesso, uso e apropriação em cada um dos países envolvidos. A fim de caracterizar as dimensões globais, locais e híbridas das práticas de consumo digital de crianças e adolescentes, este projeto possibilitará um estudo comparado entre as realidades europeias, em especial Portugal, e do Brasil. Para tanto, se apoiará no levantamento de dados quantitativos, produzidos pelo CETIC.BR, e qualitativos sobre acessos e usos da mídia por parte de crianças e jovens, de modo a avaliar, com propriedade, os riscos e potencialidades de seus usos e apropriações. Em termos metodológicos, teremos, por um lado, o conforto de seguir um caminho já trilhado em termos metodológicos no projeto EU Kids Online, que deve ser mapeado e problematizado, por outro lado, desafia-nos a considerar devidamente as particularidades contextuais, de caráter político, econômico e sociocultural que envolvem as culturas digitais no Brasil.

Relatório com base nos resultados da Pesquisa Kids Online: "Risks and Safety on the Internet: comparing Brazilian and European results": http://migre.me/gOsCL

No endereço abaixo, é possível encontrar o press release publicado no site da London School of Economics - LSE, com os principais destaques do relatório: http://migre.me/gOsE2

O documento expõe resultados comparados entre o Brasil e Europa, trabalho realizado pelo Cetic.br em conjunto com
Cristina Ponte e José Simões da Universidade Nova de Lisboa e com Brian O’Neill, do Instituto de Tecnologia de Dublin, instituições participantes da rede EU Kids Online.

Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

(2011-2013) In(ter)venções audio-visuais com juventudes em Fortaleza e Porto Alegre

A pesquisa acompanha in(ter)venções sonoras, visuais e audiovisuais com juventudes em territórios de criação e resistência, na perspectiva de cartografar como os jovens exercem o poder de intervir e inventar em distintas experiências coletivas e singulares, bem como analisar a incidência de tais intervenções nas políticas públicas na configuração de práticas micropolíticas, em Fortaleza e Porto Alegre. Nesse sentido, a pesquisa lança a pergunta – O que podem as in(ter)venções audio-visuais com juventudes? Como pesquisadores das temáticas que envolvem relações entre juventudes, comunicação, arte, micropolíticas e políticas públicas nos perguntamos: Como construir estratégias metodológicas que propiciem conhecer o que é vivido nos territórios das juventudes e observar como esses desafios têm (ou não) sido enfrentados nas práticas de pesquisa, ensino e extensão.

Partindo de uma abordagem metodológica de pesquisa qualitativa nos interessam métodos e procedimentos que contemplem a análise das processualidades juvenis, suas experiências de intervir e inventar em áudio (música, rádio), visual (grafite, fotografia) e audiovisual (vídeo, videoclipe, cinema), bem como a análise critica das produções e outros materiais a constituírem o inventário da pesquisa. Uma das estratégias para dar conta do exercício teórico-metodológico vem das contribuições da Pesquisa-Intervenção e da Cartografia. Também serão articulados os métodos de Observação Participante e Análise Audio-visual. O exercício da pesquisa-intervenção sugere a emergência de saberes e práticas de reflexividade que podem configurar propostas sociais e comunicacionais desviantes de perspectivas moralistas ou preventivas fornecendo subsídios aos projetos de ONG’s e de políticas públicas e governamentais, bem como dos movimentos de criação e resistência que fazem uso de tecnologias de comunicação e arte tendo como perspectiva um alargamento das potências de vida das juventudes nas nossas cidades. Mais informações no blog: http://pesquisaintervencoes.blogspot.com.br/

Projeto Coletivo UFC/UFRGS/CAMP/FERES

O projeto é fruto de um processo de construção coletiva que articula experiências de pesquisa e intervenções realizadas por pesquisadores, jovens e educadores das áreas de comunicação, artes, educação, sociologia e psicologia social em ações de pesquisa, extensão e ensino formal e não formal. O estudo envolve parceria entre Instituto de Cultura e Arte (ICA), o Programa de Pós-Graduação em Comunicação, na UFC, em Fortaleza e do Programa de Pós-Graduação Psicologia Social e Institucional (PPGPSI) da UFRGS, do Projeto Lente Jovem da ONG CAMP – Centro de Educação Popular, Fórum de Educação da Restinga e Extremo Sul - Feres, em Porto Alegre. Nas universidades realizamos parcerias entre o Grupo de Pesquisa Relação da Infância, Juventude e Mídia (Grim), na UFC e o Grupo de Pesquisa Educação e Micropolíticas Juvenis, na UFRGS.

Situação: Concluída; Natureza: Pesquisa.

Financiadora: Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP. Bolsa PIBIC 2011/2012 e PIBIC 2012/2013

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(2010-2011) Programação Infantil da TV Brasil: Proposta de Monitoramento

Esta pesquisa pretende avaliar a programação televisiva da TV Brasil, que é parte da Empresa Brasileira de Comunicação, criada em 2007, com o propósito de se constituir como referência na promoção de uma programação de qualidade para o público infantil, comprometida com a difusão da cultura e a formação para a cidadania.

A TV Brasil, ainda que se constitua em uma iniciativa recente, incorpora as melhores tradições da TV brasileira quanto à defesa do interesse público e, especialmente no caso da programação infantil, de respeito à criança como pode ser visto em produções internacionalmente premiadas como o “Castelo-Rá-tim-bum” e “Cocoricó”, para citar alguns exemplos.

Nesse contexto, a proposta desta pesquisa é a de avaliar a qualidade da programação infantil da TV Brasil, tendo como parâmetros os princípios e objetivos estabelecidos na sua lei de criação (Lei N. 11.652, de 07 de abril de 2008), e na carta de princípios da referida Instituição, tendo em vista o aprimoramento da programação quanto à efetivação de seus compromissos fundamentais, decorrentes, em grande medida, de se sua natureza pública.

Integrantes: Inês Vitorino Sampaio (Coordenadora), Andrea Pinheiro (Pesquisadora), Samaísa dos Anjos (Bolsista do Projeto), Sarah Coelho (Bolsista do Projeto) e Nut Pereira (Bolsista do GRIM).

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(2009-2010) Políticas de Proteção à Infância nas Américas: aspectos normativos e sócio-culturais

Esta pesquisa se radica na compreensão do direito da criança e do adolescente a uma mídia de qualidade. A proposta é promover uma analise comparada das políticas de comunicação no campo da proteção à infância nas Américas, com o foco especifico na televisão. Nesta perspectiva, visa aprofundar a discussão sobre as estratégias dos agentes do Estado e da sociedade voltadas a promover a qualidade da programação televisiva, tal como a definição de sistemas de classificação etária.

Seus objetivos gerais são: estabelecer uma análise comparada dos diversos sistemas de classificação de conteúdos audiovisuais voltadas a assegurar a proteção da infância nas Américas, mapear os principais conflitos e tensões associados a implantação de tais políticas e identificar a existência de peculiaridades na condução dessas políticas de proteção no âmbito da America Latina. O corpus da pesquisa será constituído basicamente por documentos oficiais definidores de tais políticas no âmbito dos países a serem selecionados. Entrevistas com gestores de tais políticas deverão ser efetuadas, recorrendo aos recursos disponíveis da internet.

Trata-se de pesquisa que se situa no âmbito da perspectiva construtivista e recorre à metodologia hermenêutica-dialética como possibilidade adequada para compreender as ações dos indivíduos e instituições no mundo e as maneiras pelas quais conferem sentido aos fenômenos sociais. A análise qualitativa dos documentos e depoimentos de gestores deverá ser conduzida com base nas proposições metodológicas da análise do discurso.

Integrantes: Monyse Ravenna de Sousa Barros, Ines Silvia Vitorino Sampaio (Coordenadora).

Financiador: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa.

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(2006-2008) Leituras da Criança e do Adolescente sobre a Qualidade Televisiva e os Sistemas de Classificação Etária

Esta pesquisa se radica na compreensão do direito da criança e do adolescente a uma mídia de qualidade. Há muitos aspectos importantes envolvidos nesta discussão e que dizem respeito não apenas à dimensão acadêmica do seu entendimento, mas a um cenário político permeado por muitas disputas e fortes interesses mercadológicos.

Nesse contexto, é fundamental aprofundar a discussão sobre o que se entende, efetivamente, por qualidade de mídia para este público. Por um lado, é imperativo reconhecer que existem critérios genéricos de qualidade passíveis de serem considerados na análise de qualquer obra áudio-visual. Por outro lado, é fundamental compreender que o critério da qualidade não se esgota na sua relação com a natureza da obra, mas está associado também a um estreito vínculo com o público ao qual esta comunicação deve atender.

A proposta desta pesquisa é discutir a questão dos critérios de qualidade da TV, considerando, em especial, a questão da adequação da programação a seu público, o que inclui a reflexão sobre os critérios de classificação etária da programação. Se existem sistemas de classificação etária estabelecidos pelo Ministério da Justiça e, na prática, por pais e adultos responsáveis pelas crianças e adolescentes, é fundamental discuti-los com aqueles diretamente envolvidos por esta classificação. A pesquisa visa, assim, esclarecer a seguinte questão central: Quais os critérios utilizados por crianças e adolescentes para avaliar a qualidade da programação televisiva e como compreendem e julgam os sistemas de classificação etária utilizados pelas próprias emissoras e/ou por seus pais no ambiente doméstico?

Integrantes: Alexandre Barbalho, Andrea Pinheiro Paiva Cavalcante, Raimundo Nonato Lima, Gecíola Fonseca Torres, Monyse Ravenna, Ines Silvia Vitorino Sampaio (Coordenadora).

Financiador: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Auxílio financeiro.


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