Grim e ABN participaram de audiência pública na Assembléia sobre a violência na mídia

abn

Publicado originalmente por: ABN e Capitão Wagner

O Presidente da Agência da Boa Notícia, jornalista e professor Francisco Souto Paulino (foto), e a Diretora de Comunicação da entidade, jornalista Ângela Marinho, participam na ultima quarta feira de Junho (24), às 14h30, na Assembléia Legislativa do Ceará (Av. Desembargador Moreira, 2807, Dionísio Torres) de audiência pública para debater o tema  "Violência como pauta nos meios de comunicação brasileiro e suas influências sobre a sociedade".

A audiência pública foi proposta pela Agência da Boa Notícia, Associação Estação da Luz e Movimento em Favor da Vida (Movida) e o requerimento foi encaminhado à diretoria da AL pelo mandato do deputado estadual Capitão Wagner.

“Há quem defenda a tese de que a mídia pode influenciar com o aumento da violência e a forma como ela é encarada pela sociedade. Como também existem aqueles que afirmam que os veículos de comunicação apenas noticiam a realidade, fazendo um papel de utilidade pública e transparência social, por isso decidimos promover esse momento de debate. Queremos uma discussão saudável para um assunto que também merece nossa atenção”, explica Capitão Wagner.

Entre as questões a serem propostas pela ABN estão uma avaliação da cobertura da mídia dos casos de (in)segurança pública;  como a enxurrada de imagens e dados sobre violência vêm influenciando os cidadãos (adultos e crianças) em nossa sociedade; que consequências advêm desse tipo de cobertura; Que postura deve ter o jornalista se a empresa onde trabalha tem o 'jornalismo com sangue' como norma editorial baseada na ideia de que 'dá ibope'? A ABN está entre as entidades que irão apresentar propostas para  mudar o quadro da “violência como pauta”.

Para o professor e pesquisador Fábio Paiva, os jogos violentos afetam diretamente crianças e adolescentes, por estarem em fase de construção de caráter e personalidade. “Mas, eu fico ainda mais chocado com a quantidade de crianças e adolescentes que ficam em torno de cadáveres que são filmados pela televisão”, afirmou.

Capitão Wagner também alertou sobre o uso indiscriminado das redes sociais e da facilidade de todas as faixas etárias em ter acesso a fotos e vídeos violentos. Além disso, o julgamento prévio e a reprodução de notícias falsas também prejudicam os fatos e os envolvidos.

Produtor de programas policiais, João Paulo Guimarães, afirmou que a TV Cidade está repensando o formato de seus programas. “Existe um esforço da emissora em mudar sua abordagem. Estamos tentando retirar a violência. Se você assistir nossos programas hoje, poucos homicídios ainda não noticiados”, revelou.

O deputado Renato Roseno lamentou a onda de “datenização” que os programas vêm sofrendo – fazendo referência ao apresentador Luiz Datena – “Não podemos nos submeter ao único parâmetro da audiência”, destacou em defesa de uma regulamentação da mídia.

Ao final de quase quatro horas de debates, foram listados os seguintes encaminhamentos:

Notas taquigráficas devem ser enviadas ao Ministério Público e para o Ministério da Justiça como forma de apoio às ações judiciais

Criação do Conselho Estadual de Comunicação

Discussão mais ampla sobre jogos, músicas e redes sociais e a violência

Discussão sobre a comercialização de arma de brinquedo

Levar para escolas públicas e privadas o debate da violência e tratar de forma preventiva

Realizar audiência pública com o tema “Violência urbana em Fortaleza”

Rever a proibição de celulares nas escolas

Participaram da audiência a Associação dos Profissionais da Segurança (APS), Associação de Cabos e Soldados (ACS), Ângela Marine da Agência da Boa Notícia, Igor Lins professor da Universidade Federal de Pernambuco, Professor Fábio Paiva do Laboratório de Estudos da Violência da UFC, Tenente-Coronel PM Ricardo Rodrigues, representante do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, Renato Roseno, deputado estadual, Tenente-Coronel Andrade Mendonça, assessor de comunicação da Polícia Militar, Dr. Fernando Menezes Junior, da Secretaria de Segurança, Antonio Rodrigues da Secretaria de Justiça, Inês Vitorino da (Grim / UFC) e Samira de Castro, presidente do Sindicato dos Jornalistas.

A ANDI-Comunicação e Direitos e o Intervozes elaboraram uma cartilha sobre a questão da violência nos meios de comunicação. A publicação será apresentada na audiência pela jornalista Helena Martins. Além dessas duas entidades, foram convidados para participar da audiência: Coordenadoria Especial de Políticas Públicas de Juventude, Arquidiocese de Fortaleza, Videira Fortaleza, Face  de Cristo, Pastoral da Criança, Coordenação da Pastoral da Sobriedade da Arquidiocese de Fortaleza, Pastoral da Família, Igreja Batista Central, Federação Espírita do Estado do Ceará, Associação dos Jovens Empresários de Fortaleza, Fundação Beto Studart, Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Associação Peter Pan, Centro de Referência sobre Drogas do Governo do Estado do Ceará, Associação Cearense de Imprensa (ACI), Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – Regional Nordeste, Centro Integrado de Referência sobre Drogas, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), Centro de Defesa da Vida Herbert de Sousa, Secretaria de Segurança do Estado, Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisas sobre a Criança (Nucepec) e o projeto Jovens Agentes da Paz,

Fontes: Agência da Boa Notícia – (fone: 84 3224 5509) / Patrícia Rodrigues Montenegro

 


Venha ouvir, conhecer, discutir e propor novas ideias. Entre em contato conosco pelo e-mail:

grim.ufc@gmail.com

Av. da Universidade, 2762.
CEP 60020-181 - Fortaleza-CE
Fone: (85) 3366.7718

// Visitantes
Nós temos 6 visitantes online